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VII
O relógio já marcava as 12 horas do dia 25 quando Alberto João acorda no sofá. Tinha adormecido no meio dos seus pensamentos. A caixa dos recortes e a garrafa de cerveja tinham desaparecido. Jardim estava muito confuso, mas sabia o que tinha de fazer: regressar à cama e dormir aquilo que não tinha conseguido durante a noite. Acorda novamente ao final do dia, perto da hora do jantar e liga a todos os meios de comunicação para marcar uma conferência de imprensa para a hora de almoço no dia seguinte. A noite anterior tinha dado que pensar.
Chega a hora e Jardim apresenta-se na conferência de imprensa dizendo que tem um anuncio importante para fazer.
-Bom dia a todos os madeirenses e aos portugueses que me estão a ver. Eu tenho um comunicado importante a fazer. Passei o pior Natal da minha vida. E a culpa é dos bandalhos do Continente. Houve um engrume qualquer do Continente que me deve ter posto droga num champagne que bebi durante uma das inaugurações do dia 24 e fez com que passasse um Natal terrível. Tive alucinações durante toda a noite e mal consegui dormir. Este foi um golpe muito baixo, mesmo para essa saldanhada do Continente. Quero, por isso, acusar o Continente de tentar por meios terríveis e não democráticos afastar-me de um posto que é meu por direito. A todas as vossas perguntas respondo "a culpa é do Continente". E tenho dito!
Jardim não tinha aprendido a lição.
(...)
Agosto de 2017. Alberto João Jardim perde a presidência do Governo Regional da Madeira e é condenado por abuso de poder e de valores. É proibido de mexer em dinheiro, ficando as suas economias a cargo de Fernando Lampreia, enteado de José Sócrates, filho de Manuela Almeida, casada com Sócrates desde 2015. Jardim é também proibido de entrar em Portugal Continental. Carteira, filha de Contribuinte havia falecido em 2016, após uma longa batalha contra a sua doença. Jardim culpou o Continente por não ter financiado a medicina madeirense nem de ter aceite a Carteira nos seus hospitais. Todas as noites, quando se vai deitar, Jardim lembra-se da visita dos 3 fantasmas. Se lhes tivesse dado ouvios, tinha-se demitido a 26 de Dezembro de 2011 e vivia hoje como um lorde numa ilha das Caraibas...