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Olá, muito boa tarde. Para além de fazer doces, também utilizo a cozinha para aquecer refeições dos dias anteriores no microondas. A qualidade com que o faço já devia ter garantido ao meu microondas uma estrela Michelin mas já estou habituado a este tipo de injustiças.
Mas não foi do meu microondas que eu vos vim falar hoje e sim a torradeira ou, como gosto de lhe chamar, máquina de queimar pão. Não que o pão queimado seja descuido meu, a culpa é toda do pão que só salta quando está todo preto, como uma miuda que está na praia e só sai do sol depois de parecer que lhe passaram um pincel encarnado por cima. Se a torrada saltasse da torradeira quando sente o calor e o seu bronze está perfeito facilitava a vida a mim e a ela. As tostas já são fatias de pão mais cuidadas porque metem protector no seu miolo, neste caso a manteiga, antes de irem para o calor. Eu já ponderei deixar de comer tostas, pois estas fazem com que a minha língua se queira divorciar de mim e queira procurar outras bocas... bocas que saibam soprar e arrefecer as coisas antes de as meter lá dentro.
Eu até posso ser a pessoa mais cuidada do mundo, no entanto existe uma linha que me separa o cuidado do desastre, é a porta da cozinha. Cozinha ou, no meu caso, complexo de piscinas de Sines, um luxo que ganho em casa sempre que decido abrir a torneira para lavar a loiça.