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Celebrou-se no passado dia 19 o Dia do Pai, o homem que é palco das mais extraordinárias corridas de espermatozóides. Eu próprio um dia ganhei uma dessas corridas. Mas não vamos falar disso. Hoje vamos ser uns fofoqueiros e saber como foi o Dia do Pai das nossas gentes famosas, as nossas figuras publicas. O Pai Natal esteve todo o mês de Março a escrever cartas com a sua lista do Dia do Pai às crianças, aquelas mesmas que lhe escrevem no Natal. O seu desgosto foi grande ao não ter recebido nada debaixo do seu chaparro iluminado. Para quem não sabe, o chaparro é a arvore típica do Dia do Pai. É verdade, eu mesmo inventei isso agora. A mãe do Pai Natal sentiu que estava na hora de ter uma conversa com ele e explicar-lhe que as crianças não existem e que não passam de uma estratégia de marketing inventadas por uma marca de gasosas e que as crianças que ele vê no Centro Comercial nesta altura do ano não passam de anões mascarados para entreter os pais deste mundo. Filho de dois pais.

Esta bem podia ser uma historia dos tempos actuais mas remonta aos anos zero, onde Jesus Cristo também não viveu um dia fácil. Para agradar José, Jesus organizou um churrasco, no qual o fumo seguiu para cima e chegou a Deus, que não gostou de ter ficado para segundo plano nem tão pouco de ter ficado a cheirar a chouriço fumado. Para agradar o seu outro pai, Jesus tentou atirar bolas para o ar numa tentativa de desporto entre pai e filho. A bola, não só se manteve afastada do céu, como foi varias vezes embater na cabeça de José, que também acabou por ficar aborrecido. Jesus não conseguiu assim agradar a nenhum dos pais. Para os outros Dias do Pai basta escolherem uma revista cor-de-rosa na banca mais próxima e deliciarem-se com as historias e mexericos de lá. A nossa cusquice só da para isto e nem temos fotos exclusivas porque o nosso paparazzi ficou retido numa feijoada na Castanheira do Ribatejo.

Recebi, hoje, a resposta do Avô Natal à minha carta de Natal:

 Quando decidi escrever a carta ao Avô Natal não me lembrei que as vontades são todas feitas, excepto em épocas festivas. Com as tradicionais meias, recebi ainda o seguinte bilhete:

Querido Bruno,

Os Ferreros estavam esgotados.

Boas Festas

Avô Natal

Depois de 23 anos a escrever cartas ao Pai Natal e a ver as minhas vontades a não serem satisfeitas pelo mesmo, este ano decidi ir um pouco mais além e escrevi a minha carta de Natal ao Avô Natal, porque os avós é que fazem todas as vontades aos netos e acredito que, assim, terei este ano um rico Natal. Foram estes os meus pedidos:

 Querido Avô Natal. Este ano não fui um bom menino, mas que te importa, és Avô e para ti fui sempre um bom menino, mesmo que tenha partido o vidro da tua janela enquanto jogava à bola. Envio-te a minha carta num pombo correio. Sei que moras num lugar frio e caso ele tenha chegado ai congelado envio em anexo uma receita maravilhosa de pombo guisado. Mas não foi a culinária que me trouxe até aqui. À bocado estava a brincar, até fui um bom menino. Não parti uma única peça de loiça em casa, até porque este ano arranjei uma casa por minha conta e percebi que os seus componentes não são assim tão baratos.

Como sabes, eu sou um amante da Natureza e gostava que me desses um animal de estimação, uma Vaca Milka por exemplo. Eu iria tomar muito bem conta dela e do seu leite de chocolate. Assim eu podia fazer o meu próprio chocolate. O ano passado pedi ao teu filho, o Pai Natal, um chocolate gigante e ele deu-me, ao invés, uma grande dor de dentes e de barriga.

Como podes ver, não sou muito exigente contigo. Para além da vaca, queria pedir-te também uma bateria para smartphone que funcione como a bateria do carro, que fique mais carregada à medida que é utilizada. E para não dizeres que só penso em mim, quero mostrar-te que penso também nos mais necessitados e peço-te que deixes um par de phones para os ouvidos para os fulanos que teimam em ouvir música alta nos transportes públicos e necessitam de um par de phones.

Um grande abraço Avô Natal e Boas Festas

Bruno Custódio

António Raminhos * 35 Anos * Portugal * Humorista

Se alguém procura um pé esquerdo perdido, é possível que este seja encontrado em António Raminhos, que nasceu com dois. Se alguém tiver um pé direito para a troca, ele aceitaria de bom grado.

2015 foi um ano marcante para António Raminhos, que participou no programa "Dança com as Estrelas" da TVI. A dança favorecia-lhe, ele é que não favorecia a dança. Mas nem tudo foi mau, a TVI ganhou em audiências e os portugueses em auto-estima, pois, por momentos, já não se consideraram os piores dançarinos do mundo.

Os vídeos com as suas filhas também fizeram furor junto do público... e da Segurança Social, que só não lhe levou as Marias porque este os recebeu em casa com o fato de banho do Borat, o mesmo que ele ameaça vestir caso não o elegam PONeLeiro do ano.

22 de Outubro de 2015, está aberta a época natalicia no PONL. Eu sei, já estou um pouco atrasado para a abertura do Natal, mas vou tentar remendar isso..

O mês de Outubro é para muitas crianças o mês para preparar os discursos de graxa e para os avós prepararem o discurso de crise. Este debate familiar culmina num maço de peúgas e numa caixa de Ferrero Rochers e a ideia de que ,se o Pai fosse antes o Avô Natal, a industria das meias era muito mais rica.

Foi inventado um balde do lixo inteligente que limpa o lixo sozinho. O seu nome? Bruno! A sério. Aposto que isto foi obra da minha avó, pois durante toda a minha vida ela me acusou de só comer porcarias. Se esta não for uma invenção da minha avó, eu aposto que ela também não irá dar dinheiro para ter uma coisa dessas. Há 24 anos que ela se mostra forreta no momento de abrir a carteira para o Bruno. Se hoje os Bollycaos já não trazem cromo foi porque ela não me deu 1 euro sempre que lhe pedi dinheiro para comer um. "Só queres porcarias", dizia-me ela.

Sobre o caixote inteligente, a escolha do nome pode não ter sido a melhor. Não, a parte do inteligente adequa-se na perfeição. Mas imaginem que há legumes no chão. O Bruno não come legumes. O caixote ia ser muito selectivo naquilo que ia apanhar. Sim, porque não podem criar uma coisa inteligente e esperar que ele se faça passar por burro.

Olá. Hoje chego até vocês com um dilema. Em quem podemos depositar mais confiança? No vosso primo de 6 anos (ou à volta disso) ou numa bactéria?

Agora vocês pensam que "ah e tal primo é família, é um ser humano" e eu respondo de imediato que a bactéria é mais confiável que o vosso primo ou mesmo a vossa avó gulosa.

Porquê? Experimentem lá meter um bolo em cima da mesa e outro em cima do chão e vejam quem chega primeiro.

O quê? A bactéria chega em 10 segundos? Eu sei, isso é tempo suficiente para o vosso primo apanhar e comer os dois bolos. Ele só apanha um porque o outro está no chão e ele acha nojento. Mais que uma regra de 10 segundos para atacar os nossos alimentos caidos no chão, as bactérias têm um pacto de respeito para com os humanos. Querem ir ao frigorifico buscar um sumo para acompanhar um bolo sem medo que o bolo desapareça? Simples, guardem o bolo no chão.